sexta-feira, 7 de novembro de 2008

• da precisão de navegar

Engoli numa noite de dezembro
a penumbra de um quarto só
Criei sustento em meu pensamento
Ateei fogo num pedaço de vento
Acendi cacau na ponta de meu biscó

Da Irlanda busquei a chama que conforta
Em um castelo quebrei o ritmo do verso
Do ponteiro das horas fiz um mastro reverso
Iluminei dourado na fresta da porta

E as horas passaram mansas
lambendo o sono belo das crianças
Havia mensagens douradas na proa da nau
Você vestida de preto
Escrevendo mensagens de Natal
e eu arriscando um marfim
num eco monocromático sobre este tom jobim

Vi no Mar a imensidão do amor de Poti
E a grandeza de meu sentimento por ti
Porto perto longe mar aberto
Marfim
Oceano ocê amo te amo te amar
Perto do Mar sentado na beira do cais
Navegando meu olhos
Procurando avistar minhas espanhas
e meus portugais.

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