sexta-feira, 7 de novembro de 2008

• vinte e dois

Do alto de meus 22
Tenho a doce amargura inclinada
de quem lapida pedras dilacerantes
Flexiono ao vento beijos de amantes
Recito todos os avessos
Converso os versos
Verso as rimas
Acaricio romãs
Festejo flores lancinantes
Grito preces românticas
sem presas semânticas
Línguas volúveis
Volatilizando palavras
Tenho odes elegias sonetos no coração
Engoli conectivos e vírgulas elípticas
Pois tenho fome de amor
e sede de Humanidade
Bem aqui de cima
Do alto de meus 22.

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