sexta-feira, 7 de novembro de 2008

• lilás mel chocolate verde limão

Ainda ontem
Andando como um náufrago em alto-mar
Percebi o vazio dos interiores
floreados de feridas outonais
Participando dos finais das tardes
de um inverno sem sonhos

Ainda cedo
Engolindo o medo e raiando os olhos
na sutil névoa matinal
Lembrei minhas viagens por outros planos
Na sublime noite escapulida
Não se pode agarrar os sonhos com as mãos
É preciso derramá-los nas têmporas

Ainda assim
Participo do pensamento de que
não existe o Fim
Emborco cálices nas portas das Catedrais
e vou correndo a encontrar
meu pequeno anjo rosa menino brincalhão
nas planícies penteadas de trigais.

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